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Geração Solar Distribuída vai dobrar as grandes usinas até o final de 2021 no Brasil

São previsões da ABSOLAR. Eles estimam que os pequenos projetos de autogeração chegarão a 8,3 GW, enquanto os grandes parques fotovoltaicos chegarão a 4,2 GW. Qual é a razão desse fenômeno incomum? Por outro lado, a entidade tem boas expectativas em relação aos leilões estaduais que estão sendo preparados.

Imagem: Envato Elements

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O Brasil, gigante latino-americano, continua incorporando a energia solar fotovoltaica à sua matriz energética. Mas a particularidade de seu desenvolvimento tem a ver com o fato de que a maior quantidade de energia vem de projetos de Geração Distribuída (até 5 MW).

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), informou durante o mês de abril deste ano que, de 2012 ao primeiro trimestre deste 2021, o país atingiu 8.470 MW de energia solar fotovoltaica instalada. São mais de 5.000 MW compostos por esses empreendimentos de até 5 MW.

Em entrevista, Rodrigo Lopes Sauaia , presidente executivo da ABSOLAR, revela que as perspectivas são ainda mais promissoras para a Geração Distribuída, embora também assegure que os leilões de energia preparados pelo Governo geram grandes expectativas.

Qual é a energia solar fotovoltaica instalada no Brasil em relação aos grandes projetos e o que é em relação aos pequenos projetos de Geração Distribuída?

De acordo com o último levantamento ABSOLAR, publicado no início de março de 2021, a capacidade operacional instalada de grandes usinas solares fotovoltaicas é atualmente de 3,1 GW, o que representa 1,7% da capacidade total das grandes usinas do país, o que coloca a energia solar fotovoltaica como a sétima fonte do Brasil em capacidade instalada.

A capacidade operacional instalada de sistemas de geração distribuída fotovoltaica atingiu a marca de 5 GW.

Fonte: Absolar

Com que quantidade de energia se espera fechar em 2021, tanto no segmento de grandes projetos quanto no segmento de Geração Distribuída?

De acordo com as previsões da ABSOLAR, a geração solar fotovoltaica distribuída deverá encerrar 2021 com 8,3 GW de potência operacional total instalada.

O segmento de grandes projetos deve atingir 4,2 GW do total da capacidade operacional instalada, considerando o crescimento tanto do mercado regulado quanto do mercado livre.

Quanto cresceu a Geração Distribuída no Brasil e por que teve tão bons resultados?

A geração solar fotovoltaica distribuída tem mantido uma taxa de crescimento anual de mais de 100% nos últimos cinco anos. Os principais fatores que levaram a este importante desenvolvimento são:

1) Recurso solar de alta qualidade: o Brasil possui um dos melhores recursos solares do mundo. Um sistema solar fotovoltaico no Brasil pode produzir, em média, o dobro de eletricidade do mesmo sistema instalado na Alemanha, Japão ou Reino Unido, por exemplo.

2) Recuperação competitiva: um consumidor que investe em geração distribuída solar fotovoltaica pode recuperar seu capital em um período de 4 a 7 anos. Essa condição tem impulsionado a instalação de sistemas de geração solar fotovoltaica distribuída em todo o país, principalmente onde há uma combinação de excelentes recursos solares e altas tarifas de energia elétrica para os consumidores.

3) Legislação estadual favorável à geração distribuída solar fotovoltaica: isenção de impostos estaduais sobre vendas e serviços (ICMS) aplicados à eletricidade e equipamentos solares fotovoltaicos, aumentando a competitividade da energia solar fotovoltaica.

4) Marco regulatório positivo: o Brasil possui um padrão nacional de net metering para geração distribuída de fontes renováveis ​​de energia, incluindo solar fotovoltaica. O sistema de medição de rede brasileiro inclui mecanismos de medição de rede solar e virtual comunitária, o que permite o desenvolvimento de diferentes modelos de negócios para atender consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais e públicos.

5) Maior disponibilidade de financiamento competitivo: a ABSOLAR mapeou mais de 70 linhas de financiamento e mecanismos de garantia aplicáveis ​​à energia solar fotovoltaica de pequeno e grande porte, disponíveis para diferentes perfis de consumidores, empresários e investidores.

Quais são as suas expectativas para o leilão de energia nova que o governo brasileiro vai lançar neste ano?

Em 2020 os leilões de energia foram cancelados pelo Ministério de Minas e Energia em função da epidemia do COVID-19, que atingiu a economia mundial e brasileira, o que é compreensível pelo alto nível de incertezas naquele momento.

Agora o MME anunciou novos editais para os anos de 2021, 2022 e 2023, inclusive para energia solar fotovoltaica. A ABSOLAR considera a decisão uma importante conquista para o setor, reforçando o crescente papel da energia solar fotovoltaica na expansão da matriz elétrica brasileira.

Que condições o leilão propõe em termos dos termos dos contratos, a moeda em que são assinados e a potência a ser leiloada?

As condições específicas para usinas solares fotovoltaicas dependem do leilão.

As condições dos leilões A-3 e A-4, para empreendimentos a serem lançados em 2024 e 2025, respectivamente, são contratos de 20 anos, sendo que pelo menos 30% da energia qualificada deve ser negociada no leilão. A moeda do contrato é o Real (R $) e a potência contratada varia de acordo com os contratos.

As condições dos leilões A-5 e A-6, para empreendimentos a serem lançados em 2026 e 2027, respectivamente, são contratos de 15 anos, sendo que pelo menos 30% da energia qualificada deve ser negociada no leilão. A moeda do contrato é o Real (R $), e a potência contratada varia de acordo com os contratos.

Como está o cronograma do leilão, em termos de apresentação de propostas, premiações e entrada em operação dos projetos premiados?

De acordo com a Portaria nº 435 do MME, os leilões que ocorrerão em 2021 são A-3 e A-4, previstos para junho de 2021, e também A-5 e A-6, previstos para setembro de 2021. Os leilões que que ocorrerão em 2022 são o A-4, previsto para abril de 2022, e o A-6, previsto para setembro de 2022. Por fim, os leilões previstos para 2023 são o A-4, previsto para abril de 2023, e o A-6 , programado para setembro de 2023.

A entrada em operação dos projetos premiados dependerá do tipo de leilão e do ano em que for realizado. Em 2021, os projetos A-3 deverão fornecer eletricidade à rede em janeiro de 2024, A-4 em janeiro de 2025, A-5 em janeiro de 2026 e A-6 em janeiro de 2027.

Quanta energia você acha que será atribuída ao setor solar fotovoltaico e a que preços por MWh?

Estimar a quantidade de energia e o número de projetos solares fotovoltaicos a serem contratados nos próximos leilões é um exercício complexo e a ABSOLAR não oferece nenhuma orientação sobre esses valores, pois não há informação pública suficiente disponível para estimar esses números com precisão.

No total, 1.050 projetos de energia solar fotovoltaica foram inscritos para participar dos leilões A-3 e A-4 que ocorrerão em 2021, que totalizam 41,9 GW e representam 62,6% da capacidade total de geração de energia registrada de todas as fontes e tecnologias registradas para esses leilões.

Isso coloca a energia solar fotovoltaica como a principal fonte de energia renovável em termos do portfólio de projetos disponíveis a serem contratados.

Aliado ao fato de que a energia solar fotovoltaica tem sido a tecnologia de geração de eletricidade mais competitiva do país desde o final de 2018, a ABSOLAR espera um desempenho representativo do setor solar fotovoltaico em ambas as ocasiões.

Fonte: Energía Estratégica

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